
Como ser ajudado a viver as emoções da melhor forma através do Feng Shui
Online - 21 Nov 2023
Na nossa sociedade a morte é quase sempre vista como algo negativo. Como uma perda. Mas segundo as leis da energia, nada se ganha e nada se perde. Já dizia Lavoisier que tudo se transforma.
Na verdade, todos nascemos através da energia vivida pelos nossos pais no momento da nossa conceção, a seguir crescemos e nos reproduzimos, ou deixamos de uma forma ou de outra um contributo da nossa passagem por cá, e por fim morremos.
Do ponto de vista da energia o que conta é a vivência, a aprendizagem e a evolução que nos permitimos fazer enquanto por cá passamos.
A maioria das pessoas vive esta experiência de um modo mais egotista e dá pouco espaço, ou tem menos consciência de que na realidade o que conta é a energia e não a matéria. Ou melhor dizendo, o foco deve ser na vibração do que vivemos e não na matéria, porque a matéria tem de ser vivida, dignificada e honrada, mas sempre como uma consequência da vibração e nunca como um objetivo final.
Este é um ensinamento transversal a qualquer tema da vida como o da saúde ou como o da relação com o dinheiro, ou o amor, ou a felicidade…mas aqui vou focar-me na relação com a morte.
A morte deveria ser vivida por todos como um evento tão ou mais importante, e com o mesmo amor, carinho e felicidade como vivemos um nascimento.
A nossa sociedade espelha a morte como uma perda e por isso grande maioria das pessoas foge dela, afasta-se e abandona as pessoas que estão de partida.
Outras pessoas sofrem tanto com a partida do outro que ficam num processo de pena, estagnação e tristeza que as impede de viver em harmonia ficando numa vibração de apego e saudosismo agarradas ao passado.
Não se mudam mentalidades e modos de estar coletivos ou individuais só com palavras. Precisamos tomar consciência e de os colocar em prática. Por isso mesmo deixo aqui algumas recomendações:
- Acompanhar e cuidar ainda melhor quem está de partida.
- Viver e estimular o sentimento de gratidão por fazer ou ter feito parte da vida daquela pessoa.
- Honrar, desfrutar e festejar a vida enquanto temos possibilidades físicas para o fazer.
- Não deixar nada para depois. Amanhã já pode ser tarde.
- Não fazer promessas a quem está de partida.
Segundo os ensinamentos do Feng Shui, quando mudamos de casa demoramos cerca de 28 dias a libertar a energia da antiga casa e cerca de 4 meses a enraizar na nova casa. Sinto que com a morte física não será diferente, e por isso:
- Depois da morte de alguém devemos cuidar do seu espólio e bens materiais com amor e carinho lembrando que o melhor será no intervalo de tempo entre 1 mês e 4 meses.
- Não podemos simplesmente fechar o quarto ou a casa dessa pessoa e ir embora. Dessa forma a energia fica ali estagnada e abandonada. Precisamos desfazer, separar, dar uma nova vida ao espaço e às peças que pertenciam a quem partiu. Podemos escolher e desfrutar das peças que nos são mais queridas ou que nos são uteis e devemos libertar todas as outras, vendendo, oferecendo, cedendo a quem delas fizer bom uso.
- Devemos escolher e tirar tudo o que já não funciona e guardar e dar um novo uso a tudo o que pode ser útil no presente.
- É muito importante alterar hábitos na forma de utilizar o espaço ou as peças de quem partiu. Por exemplo, devemos fazer uma nova decoração do espaço, nem que seja apenas mudar a posição dos móveis. Mas se possível devemos trocar os cortinados, ou pintar as paredes.
- Devemos também fazer uma limpeza mais funda a todo o espaço.
- Em alguns casos deve também ser feita uma limpeza energética ao espaço.
A ideia principal é alterar a vibração da utilização do espaço e das peças de modo a não ficarmos agarrados ao passado, às antigas vivências e podermos desfrutar no presente e em harmonia da matéria herdada.
Desta forma estamos a horar e a dignificar a matéria que ficou e a energia de quem partiu.
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